quarta-feira, setembro 06, 2006

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Eu fico melhor quando feio
vestido trapos sujos de barro
grude nas pontas dos pelos
na sola do pé grafite crosta

eu me gosto mais pobre
detesto carros de passeio
corro léguas de shoppings
tenho horror a diamantes

não uso corantes
blushes, hidratantes
esmalte, batom, bom tom
o que é certo não me atrai.

Sou rei do contra-senso
sou ateu do capital
persigo adversa moral
compro verdades
de outros messias
e suas táticas heróicas

No futuro, qdo eu me retrair
passar a apreciar o belo
ditado pelo olhar alheio,
eu vou minha máxima trair
com perfumes e andar
sobre nuvens de cabelo.

Minha sujeira estóica
é resto de consciência histórica
de passagem pela minha vida
antes do cartão de crédito


*

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