sexta-feira, agosto 25, 2006
Na hora mais quente do dia
quando a tarde começa vazia
amansam-se carros, a gente fia
pelas ruas da cidade inacabada
Aqui, quando pássaro canta amiúde
vento morno celebra céu sem nuvens
mulheres aliviam mormaço com perfumes
enquanto os homens suam as virilhas
Nesta hora, feito refratária vasilha
encontrei-me dormente na calçada
minha voz descansava nas ondas iônicas
a que apontavam antenas parabólicas
Súbito alarido do sol ecoa
em vez de assustar, atordoa
a velha fábrica da vida campainha
e ao crepúsculo a tarde inteira caminha
No cansaço do meio dia
o repouso da madorna
quando a tarde alta canta
a terra ao trabalho retorna.
quando a tarde começa vazia
amansam-se carros, a gente fia
pelas ruas da cidade inacabada
Aqui, quando pássaro canta amiúde
vento morno celebra céu sem nuvens
mulheres aliviam mormaço com perfumes
enquanto os homens suam as virilhas
Nesta hora, feito refratária vasilha
encontrei-me dormente na calçada
minha voz descansava nas ondas iônicas
a que apontavam antenas parabólicas
Súbito alarido do sol ecoa
em vez de assustar, atordoa
a velha fábrica da vida campainha
e ao crepúsculo a tarde inteira caminha
No cansaço do meio dia
o repouso da madorna
quando a tarde alta canta
a terra ao trabalho retorna.