quinta-feira, maio 25, 2006
Poema meu sobre cartão de Cláudia Jussan
Fazes isto para que eu me afaste
e minhas mãos perdem a utilidade
tocar-te é sentir minha suavidade
nudez, como vi num filme outro dia
imploras-me para eu não chegar
aquietar-me n'algum lugar comum
de modo que é preciso imediato
encaminhamento do próximo ato
minha mão aberta,
um triângulo equilátero,
sem teu corpo perece
servirá melhor gravada
ou tornada em mil mãos
entregues à humanidade
como o espólio de um coração
que deseja mais que sonhava.
e minhas mãos perdem a utilidade
tocar-te é sentir minha suavidade
nudez, como vi num filme outro dia
imploras-me para eu não chegar
aquietar-me n'algum lugar comum
de modo que é preciso imediato
encaminhamento do próximo ato
minha mão aberta,
um triângulo equilátero,
sem teu corpo perece
servirá melhor gravada
ou tornada em mil mãos
entregues à humanidade
como o espólio de um coração
que deseja mais que sonhava.