quarta-feira, maio 10, 2006

Devagar

As certezas do poeta
fazem tremer um trovão
desviar correntezas
chegar antes ao mar

devagar
pequena presa
n sou de caçar
devagar

comigo, não deve
se preocupar
mas, consigo utilizo
provisão

enfada minha vontade
pelas ruas e estradas
onde transita a sua
ilustríssima vaidade

a maltratada cidade
malquista, desamada
vê-se n'outra retratada

sonífero e televisão
moral da colônia
falsa solidariedade

há que se achar bonito
tem que aplaudir, beijar
todos os rostos de cera
e transmitir ao alunado

esta técnica
nada
cinematográfica.

Comments: Postar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?