segunda-feira, abril 17, 2006

cala-me boca

Como num castelo de versos
cabeça outrora adornada
por cobre e diamantes
mostrou-me sua urgência

mesmo por isso
caíram-se as rimas
e as ricas primas
decassílabas

'És o vermelho e o ritmo da mistura,
todavia, falta amor por tua presença
respeito por tua ancestralidade
e graça próprias, extraordinárias

Africanos, que um dia reinaram,
venderam seus irmãos às armas
tiveram depois seu dia de caça,
deveriam atentar à prepotência chinesa

Por que encravar tua bela face
na parede do museu do petróleo?
Em vez de tal, afunda a caravela
para que preserves o que teu

subverte a história,
ascende primeiro
vence os bárbaros, derruba
a empáfia norte-americana

Em buraco fechado mosca não entra
cala-me boca
sei que palavras dizer a ti, negritude
retém-me, porém, o cabelo alisado de tua irmã'.

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Os cabelos alisados dos nossos irmãos. De fato eles nos prendem. Ou até coisa pior...
 
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