domingo, novembro 27, 2005
À tarde
A vida me convida a beber com ela um chá
hortelã, pétalas de rosa, limão, uva passa
gengibre, erva doce, cravo, canela e kiwi
na floresta, eu, ela, os bichos e a passarada
o macaco me diz, "meu irmão
tolera tua dor misteriosa
que terás no céu e na terra
a confiança no teu olhar"
a arara canta, "acorda
avança sobre tudo
evapora dos sentidos
a tua pobre lástima
verás a cura dos teus males
no bálsamo de tuas idéias"
alcança a tarde a noite
e a vida me diz, "eleva-te
vamos agora, urge comigo
o instante de tua aurora".
hortelã, pétalas de rosa, limão, uva passa
gengibre, erva doce, cravo, canela e kiwi
na floresta, eu, ela, os bichos e a passarada
o macaco me diz, "meu irmão
tolera tua dor misteriosa
que terás no céu e na terra
a confiança no teu olhar"
a arara canta, "acorda
avança sobre tudo
evapora dos sentidos
a tua pobre lástima
verás a cura dos teus males
no bálsamo de tuas idéias"
alcança a tarde a noite
e a vida me diz, "eleva-te
vamos agora, urge comigo
o instante de tua aurora".
quarta-feira, novembro 23, 2005
o fosso
separar o júbilo do orgasmo
acreditar e fazer algo semelhante
ao que o espírito renega, o mal
é contradição carnal, miséria absoluta
acreditar e fazer algo semelhante
ao que o espírito renega, o mal
é contradição carnal, miséria absoluta
vê-se entrar em casa o ladrão
deita-se com ele ouve-se sua fala
cavernosa e atraente, pois suave
o limite do prazer é inglório
e pensar que a confiança cedeu
tão facilmente ao que lhe pediu
o desejo ocasional que serviu
ao irresponsável manejo da vida
tão iludida a pessoa se perde
e quando se vê não tem mais pé
nem cabeça
avante, porque não esmoreça
antes da morte, sapiência
se alcança.
deita-se com ele ouve-se sua fala
cavernosa e atraente, pois suave
o limite do prazer é inglório
e pensar que a confiança cedeu
tão facilmente ao que lhe pediu
o desejo ocasional que serviu
ao irresponsável manejo da vida
tão iludida a pessoa se perde
e quando se vê não tem mais pé
nem cabeça
avante, porque não esmoreça
antes da morte, sapiência
se alcança.
sábado, novembro 19, 2005
Veja Epîak
Últimos álbuns
O novo álbum de Paul Anka, Rock Swings, fez-me lembrar do Foreign Sound, de Caetano Veloso. É muito imprevisível ouvir Paul Anka cantando Smells like teen spirit, do Nirvana, como música de baile de formatura, meio twist. E ainda tem Cure, junto com Petshopboys e Billy Idol, Eric Clapton, uma farofada. Parece a indústria testando algo bizarro, erro de laboratório. Sinceramente, achei um desrespeito à memória de Curt Cobain. Bem faz meu amigo Morrissey ao me livrar de ouvi-lo interpretado por Caetano Veloso ou Paul Anka... Gente que não precisa disso.
segunda-feira, novembro 14, 2005
Lina tenta escapar da polícia
Nova personagem começa a surgir na tela.
Médica estudante, triste e subjugada.
Uma vida simples perturbada por um grande amor de juventude.
sexta-feira, novembro 11, 2005
Viva!
Dá-me tua mão, peixe encantado
não te desespera com as provas da vida
tua criança assustada grita
enquanto nasce teu homem impávido
Em teu olhar há um mar enorme
cujas ondas cantam e dançam
cavalos correm e estrelas brilham
não te esquece que tu és peixe
navega até aquela ilha
se desejares vou contigo
porque há o coração e há o sino
e em mim ambos te desejam
Sei que a vida te mandou recado
por entre sirenes e tormentas
tu acordaste no abismo profundo
e sentiste o vazio da queda. É a vida.
Não te impressiona , apressa teu passo
do pouco que sei do existir, compreendo
que o fardo que nos pesa é joio
do trigo da morte e da ganância
Aguenta. Porém não somos heróis
por sermos sós e sentirmos tanto
não há cruzes em nossos ombros
nem nos julga o tribunal do céu
não te desespera com as provas da vida
tua criança assustada grita
enquanto nasce teu homem impávido
Em teu olhar há um mar enorme
cujas ondas cantam e dançam
cavalos correm e estrelas brilham
não te esquece que tu és peixe
navega até aquela ilha
se desejares vou contigo
porque há o coração e há o sino
e em mim ambos te desejam
Sei que a vida te mandou recado
por entre sirenes e tormentas
tu acordaste no abismo profundo
e sentiste o vazio da queda. É a vida.
Não te impressiona , apressa teu passo
do pouco que sei do existir, compreendo
que o fardo que nos pesa é joio
do trigo da morte e da ganância
Aguenta. Porém não somos heróis
por sermos sós e sentirmos tanto
não há cruzes em nossos ombros
nem nos julga o tribunal do céu
oh, não te inquieta,
apenas nada até sentires vir
do teu coração aquecido
o segredo que tu procuras
se minha pele atenua tua pena
e o teu olhar me expande as idéias
oh, não te preocupa,
recebe o barro de nossa maravilha.
apenas nada até sentires vir
do teu coração aquecido
o segredo que tu procuras
se minha pele atenua tua pena
e o teu olhar me expande as idéias
oh, não te preocupa,
recebe o barro de nossa maravilha.
terça-feira, novembro 08, 2005
Nada disso existe
a-ha
EU, dos dez aos trinta,
venho ouvindo o som deles.
Nunca estão sozinhos, nórdicos,
abrasileirada identidade.
Sub cultura de modelo colonial.
Tipo leite condensado.
Tecnologia esquisita.
Freak bonitinho, música honesta.
EU, dos dez aos trinta,
venho ouvindo o som deles.
Nunca estão sozinhos, nórdicos,
abrasileirada identidade.
Sub cultura de modelo colonial.
Tipo leite condensado.
Tecnologia esquisita.
Freak bonitinho, música honesta.
Melhor
A avalanche de idéias é um técnica utilizada
para que a realidade se transfigure
numa dispersão de sentimentos
vividos coletivamente
se porventura um dos envolvidos
na ação inicia uma outra inspeção
no terreno do pensamento
veremos a corrente se quebrar
por mais que tentemos retomar
o ritmo da discussão
somente haverá conflito
em vez de deliberação
Sendo assim, melhor, antes de iniciar
repetir cem vezes os nomes individuais
e beberem cada qual dois copos d'água.
para que a realidade se transfigure
numa dispersão de sentimentos
vividos coletivamente
se porventura um dos envolvidos
na ação inicia uma outra inspeção
no terreno do pensamento
veremos a corrente se quebrar
por mais que tentemos retomar
o ritmo da discussão
somente haverá conflito
em vez de deliberação
Sendo assim, melhor, antes de iniciar
repetir cem vezes os nomes individuais
e beberem cada qual dois copos d'água.